sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Craques nascem feitos ou se formam craques?
Artigo Publicado por Fernando Ferretti em seu blog (01/03/2009)
Circula pela internet, e está logo abaixo aqui no nosso blog,imagens de um menino argelino que vive na Franca, de 6 anos que já esta sendo apontado como o novo Zinedine Zidane pela imprensa francesa.
Trata-se realmente de um fenômeno, como se pode ver, mas é também uma grande exceção da regra de que craque, para formar-se craque realmente, depende de dois fatores principais, que aprendemos em biologia, já no primeiro grau: O genótipo (carga genética que trazemos de nossos pais e antepassados) e do fenótipo (a influencia do meio onde vivemos os estímulos que recebemos e as oportunidades de realizar um treinamento de qualidade).
Quantos bons jogadores de bola conhecemos e que não vimos triunfar em nenhuma equipe de futebol ou futsal? Por quê? Como explicamos?
Apesar da habilidade inata, não progrediu ao estrelato e, ao contrario, alguns jogadores de técnica discutível conseguem chegar ao apogeu em importantes equipes. São importantes táticamente e indispensáveis no funcionamento das equipes.
E o tal do genótipo e o tal do fenótipo. Falar que craque nasce feito e não ter estado a beira da quadra para ver e testemunhar que craque se faz com muito treino e informação.
Piaget diz que a aprendizagem se dá segundo parâmetros motores, cognitivos e afetivos. Portanto o que treinamos, o que botamos para dentro da cabeça do nosso atleta (comentamos, corrigimos e repetimos e a experiência de outrem) e o ambiente facilitador da aprendizagem que criamos.
O menino argelino Madin é dessas boas aberrações que demoram muito para surgir e mesmo assim vamos aguardar o futuro para ver se não há aí uma queima de etapas com o menino, ao se criar muita expectativa em torno de alguém de apenas 6 anos.Vamos ver se vai vivendo experiências educativas realmente significativas que o levem a ser o jogador que todos esperamos que seja,aliás para o bem do futebol.
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